quinta-feira, 3 de junho de 2010

Fixação no Presente

Izaias Claro

Não poucas criaturas, malbaratando o presente e não investindo no futuro, gastam-se e desgastam-se na posocupação. A posocupação é ocupação vã, porque retém a mente fizada em algo já ocorrido no pretérito e que poderia estar superado. É uma atitude típica do depressivo que se compraz, de maneira enfermiça, em fixar-se nas experiências negativas transatas, desperdiçando tempo, energia e oportunidade.

De outras vezes, o ser desgasta-se numa atitude de preocupação. Preocupar-se, como o indica a própria palavra, é o ocupar-se antes com a ocorrência que imagina ocorrerá mais tarde. Com isto a pessoa ocupa-se pelo meno duas vezes, antes da ocorrência e enquanto ela se dá. Na hipótese de posocupar-se com o problema, a criatura terá se ocupado três vezes, isto é, antes, durante e depois.

Pensar e refletir com confiança na problemática, é positivo e necessário. Preocupar-se em excesso é inútil e nada de bom acrescenta.

O ideal, para a existência humana, é a criatura procurar viver sem tristeza pelo passado e sem ansiedade negativa pelo futuro, num interminável e abençoado presente, vivendo cada instante, totalmente, não se preocupando de maneira estéril com o que virá, e também não se posocupando com o que de negativo sucedeu.

A hora é agora.

Como ensina velha canção, quem sabe faz a hora, não espera acontecer...

Emmanuel, pelas mãos queridas de Francisco Cândido Xavier, assevera que hoje é o dia mais importante de nossas vidas; nem o ontem, que já vivemos com suas experiências, nem o amanhã que poderá surgir modificado...

Do livro: "Depressão - Causas, Conseqüências e Tratamento" -
Casa Editora "O Clarim"

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