quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Mensagem

ESPÍRITOS TRANSVIADOS

Emmanuel

Caminham desfalecentes, embuçados na sombra, ainda que o sol resplenda em torno.

Sonâmbulos das paixões em que se desregravam, são cativos dos seus próprios reflexos dominantes.

Por mais se lhes atraia a atenção para as esferas sublimes, encasulam-se nos interesses inferiores, encarcerando na Terra as antenas da alma.

Aferrolhavam o coração no recinto estreito de burras preciosas e sentem-se, no esquife, como quem se refestela em poltrona de ouro.

Empenhavam as forças, a tiranizarem multidões indefesas, manejando o verbo fácil, e deitam oratória fulgente, no barranco em que se lhes guardam os restos, qual se ocupasse os primeiros lugares em tribuna de honra.

Aniquilavam recursos, plasmando imagens viciosas, em nome do sentimento, e escrevem ou gesticulam, na solidão, supondo transmitir emoções enfermiças a legiões de admiradores imaginários.

Aprisionavam a mente, no egoísmo feroz, e tornam à paisagem doméstica, à maneira de loucos, envolvendo os entes queridos em fluidos tentaculares.

Hipotecavam energias aos prazeres sensuais e choram agressivos, na clausura da cova, disputando com os vermes a posse do corpo transformado em ruínas.

Empregavam as horas, ilaqueando a si mesmos, e vagueiam errantes, hipnotizados por inteligências corrompidas com as quais se conjugam em delitos nas trevas.

Não acredites, porém, sejam eles doentes sem esperança.

O Criador não quer escravos na Criação.

Todos são livres para escolher os nossos caminhos.

Por isso, quase sempre, em sucessivas reencarnações, gastamos séculos no mal, a fim de entender o bem.

E se a Lei te permite conhecer o suplício das consciências transviadas, pra lá do sepulcro, é para que trabalhes em teu próprio favor.

Corrige em ti mesmo tudo aquilo que nos censuram outros.

Clareia-te por dentro.

Aprimora-te e serve.

Enquanto no corpo físico, desfrutas o poder de controlar o pensamento, aparentando o que deves ser; no entanto, após a morte, eis que a vida é verdade, mostrando-te como és.

Do livro “Justiça Divina”

EESE115 - Cap. XXVIII – Itens 69 a 72 Tema: Por um criminoso , Por um suicida

Por um criminoso

69. PREFÁCIO. Se a eficácia das preces fosse proporcional à extensão delas, as mais longas deveriam ficar reservadas para os mais culpados, porque mais lhes são elas necessárias do que àqueles que santamente viveram. Recusá-las aos criminosos é faltar com a caridade e desconhecer a misericórdia de Deus; julgá-las inúteis, quando um homem haja praticado tal ou tal erro, fora prejulgar a justiça do Altíssimo. (Cap. XI, n° 14.)

70. Prece. - Senhor, Deus de misericórdia, não repilas esse criminoso que acaba de deixar a Terra. A justiça dos homens o castigou, mas não o isentou da tua, se o remorso não lhe penetrou o coração.

Tira-lhe dos olhos a venda que lhe oculta a gravidade de suas faltas. Possa o seu arrependimento merecer de ti acolhimento benévolo e abrandar os sofrimentos de sua alma! Possam também as nossas preces e a intercessão dos bons Espíritos levar-lhe esperança e consolação; inspirar-lhe o desejo de reparar suas ações más numa nova existência e dar-lhe forças para não sucumbir nas novas lutas em que se empenhar!

Senhor, tem piedade dele!

Por um suicida

71. PREFÁCIO. Jamais tem o homem o direito de dispor da sua vida, porquanto só a Deus cabe retirá-lo do cativeiro da Terra, quando o julgue oportuno. Todavia, a justiça divina pode abrandar-lhe os rigores, de acordo com as circunstâncias, reservando, porém, toda a severidade para com aquele que se quis subtrair às provas da vida. O suicida é qual prisioneiro que se evade da prisão, antes de cumprida a pena; quando preso de novo, é mais severamente tratado. O mesmo se dá com o suicida que julga escapar às misérias do presente e mergulha em desgraças maiores. (Cap. V, n° 14 e seguintes.)

72. Prece. - Sabemos, ó meu Deus, qual a sorte que espera os que violam a tua lei, abreviando voluntariamente seus dias; mas, também sabemos que infinita é a tua misericórdia. Digna-te, pois, de estendê-la sobre a alma de N... Possam as nossas preces e a tua comiseração abrandar a acerbidade dos sofrimentos que ele está experimentando, por não haver tido a coragem de aguardar o fim de suas provas.

Bons Espíritos, que tendes por missão assistir os desgraçados, tomai-o sob a vossa proteção; inspirai-lhe o pesar da falta que cometeu. Que a vossa assistência lhe dê forças para suportar com mais resignação as novas provas por que haja de passar, a fim de repará-la. Afastai dele os maus Espíritos, capazes de o impelirem novamente para o mal e prolongar-lhe os sofrimentos, fazendo-o perder o fruto de suas futuras provas.

A ti, cuja desgraça motiva as nossas preces, nos dirigimos também, para te exprimir o desejo de que a nossa comiseração te diminua o amargor e te faça nascer no íntimo a esperança de melhor porvir! Nas tuas mãos está ele; confia na bondade de Deus, cujo seio se abre a todos os arrependimentos e só se conserva fechado aos corações endurecidos.

Mensagem

SUICIDAS

Emmanuel

Não condenes as vítimas da loucura e do sofrimento que se retiram do mundo pelas portas do suicídio.

Ninguém lhes viu talvez a luta insana. E não sabes até que ponto sorveram o veneno da angústia na taça de fel!

Faze silêncio, diante dos que caíram no paroxismo da desesperação e da dor.

Na batalha do mundo, quantos despem o manto da carne, roídos no âmago da alma pelas chagas de aflitivas desilusões!... Quantos procuram fugir ao nevoeiro do vale, arrojando-se às trevas do despenhadeiro cruel!...

E, pedindo a paz do Senhor para os que descem à sombra da rendição antes do triunfo, ora também pelos que armam as garras da treva contra si próprios no pelourinho da maldade e da calúnia:

Pelos que perturbam o caminho alheio, aniquilando a própria existência;

Pelos que rendem culto à perversidade, consumindo-se na ilusão de que destroem o próximo;

Pelos que se afogam no charco da viciação;

Pelos que se entregam à inércia e pelos que perseguem e chicoteiam os semelhantes, cavando para si mesmos o túmulo de lodo em que hão-de-parecer!

Saibamos utilizar dificuldades na sublimação de nosso futuro.

A Terra é um santuário de regeneração e de esperança para quantos lhe abraçam as lições com ânimo forte, conscientes da misericórdia em que se fundamenta a Divina Justiça.

Dores, aflições, provas e desencantos representam o material educativo do templo em que nos asilamos, à procura de fortaleza moral e de créditos imprescindíveis à continuidade de nossa viagem para Deus.

Não te confies ao cansaço ou ao desalento, na solução dos problemas que te afligem a marcha.

Renova-te na fé viva e no trabalho constante, inspirando-te na excelsitude do Sol que te acompanha, cada manhã, prometendo-te, cada noite, o esplendor de um outro dia, que raiará sempre mais belo.

Caminha para diante, regozija-te com o sofrimento que te ajusta as contas e abençoa os obstáculos que te fazem mais experiente e mais nobre!...

E unido à tarefa que o Senhor te confiou, qualquer que ela seja, aprendendo e servindo, amando e lutando na construção do Bem Infinito, encontrarás, mesmo na Terra, o manancial da Vida Abundante que te alimentará o coração na conquista da Vida Imperecível.

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EESE116 - Cap. XXVIII – Itens 73 a 76 Tema: Pelos Espíritos penitentes - Pelos Espíritos endurecidos

Pelos Espíritos penitentes

73. PREFÁCIO. Fora injusto incluir na categoria dos Espíritos maus os sofredores e penitentes, que pedem preces. Podem eles ter sido maus, porém, já não o são, desde que reconhecem suas faltas e as deploram; são apenas infelizes. Já alguns começam mesmo a gozar de relativa felicidade.

74. Prece. - Deus de misericórdia, que aceitas o arrependimento sincero do pecador, encarnado ou desencarnado, aqui está um Espírito que se há comprazido no mal, porém, que reconhece seus erros e entra no bom caminho. Digna-te, ó meu Deus, de recebê-lo como filho pródigo e de lhe perdoar.

Bons Espíritos, doravante ele deseja ouvir a vossa voz, que até hoje desatendeu; permiti-lhe que entreveja a felicidade dos eleitos do Senhor, a fim de que persista no desejo de purificar-se para alcançá-la. Amparai-o em suas boas resoluções e dai-lhe forças para resistir aos seus maus instintos.

Espírito de N... nós te felicitamos pela mudança que em ti se operou e agradecemos aos bons Espíritos que te ajudaram.

Se te comprazias outrora em fazer o mal, é que não compreendias quão doce é o gozo de fazer o bem; também te sentias por demais baixo para esperar consegui-lo. Mas, do momento em que puseste o pé no bom caminho, uma luz nova brilhou aos teus olhos; começaste a gozar de uma felicidade que desconhecias e a esperança te entrou no coração. E que Deus ouve sempre a prece do pecador que se arrepende; não repele a nenhum dos que o buscam.

Para entrares de novo e completamente na sua graça, esforça-te daqui por diante não só para não mais praticares o mal, senão que para fazeres o bem e, sobretudo, reparares o mal que fizeste. Terás então satisfeito à justiça de Deus; cada uma das boas ações que praticares apagará uma das tuas faltas passadas.

Já está dado o primeiro passo; agora, quanto mais avançares no caminho, tanto mais fácil e agradável ele te parecerá. Persevera, pois, e um dia terás a glória de ser contado entre os Espíritos bons e os bem-aventurados.

Pelos Espíritos endurecidos

75. PREFÁCIO. Os maus Espíritos são aqueles que ainda não foram tocados de arrependimento; que se deleitam no mal e nenhum pesar por isso sentem; que são insensíveis às reprimendas, repelem a prece e muitas vezes blasfemam do nome de Deus. São essas almas endurecidas que, após a morte, se vingam nos homens dos sofrimentos que suportam, e perseguem com o seu ódio aqueles a quem odiaram durante a vida, quer obsidiando-os quer exercendo sobre eles qualquer influência funesta. (Cap. X, n° 6; Cap. XII, n° 5 e n° 6.)

Duas categorias há bem distintas de Espíritos perversos: a dos que são francamente maus e a dos hipócritas. Infinitamente mais fácil é reconduzir ao bem os primeiros do que os segundos. Aqueles, as mais das vezes, são naturezas brutas e grosseiras, como se nota entre os homens; praticam o mal mais por instinto do que por cálculo e não procuram passar por melhores do que são. Há neles, entretanto, um gérmen latente que é preciso fazer desabrochar, o que se consegue quase sempre por meio da perseverança, da firmeza aliada à benevolência, dos conselhos, do raciocínio e da prece. Através da mediunidade, a dificuldade que eles encontram para escrever o nome de Deus é sinal de um temor instintivo, de uma voz íntima da consciência que lhes diz serem indignos de fazê-lo. Nesse ponto estão a pique de converter-se e tudo se pode esperar deles: basta se lhes encontre o ponto vulnerável do coração.

Os Espíritos hipócritas quase sempre são muito inteligentes, mas nenhuma fibra sensível possuem no coração; nada os toca; simulam todos os bons sentimentos para captar a confiança, e felizes se sentem quando encontram tolos que os aceitam como santos Espíritos, pois que possível se lhes torna governá-los à vontade. O nome de Deus, longe de lhes inspirar o menor temor, serve-lhes de máscara para encobrirem suas torpezas. No mundo invisível, como no mundo visível, os hipócritas são os seres mais perigosos, porque atuam na sombra, sem que ninguém disso desconfie; têm apenas as aparências da fé, mas fé sincera, jamais.

76. Prece. - Senhor, digna-te de lançar um olhar de bondade sobre os Espíritos imperfeitos, que ainda se encontram na treva da ignorância e te desconhecem, particularmente sobre N...

Bons Espíritos, ajudai-nos a fazer-lhe compreender que, induzindo os homens ao mal, obsidiando-os e atormentando-os, ele prolonga os seus próprios sofrimentos; fazei que o exemplo da felicidade de que gozais lhe seja um encorajamento.

Espírito que ainda te comprazes no mal, vem ouvir a prece que por ti fazemos; ela te há de provar que desejamos o teu bem, conquanto faças o mal.

És desgraçado, pois não se pode ser feliz fazendo o mal. Por que então te conservarás no sofrimento quando de ti depende evitá-lo? Olha os bons Espíritos que te cercam; vê quão ditosos são e se te não seria mais agradável fruir da mesma felicidade.

Dirás que te é impossível; porém, nada é impossível àquele que quer, porquanto Deus te deu, como a todas as suas criaturas, a liberdade de escolher entre o bem e o mal, isto é, entre a felicidade e a desgraça, e ninguém se acha condenado a praticar o mal. Assim como tens vontade de fazê-lo, também podes ter a de fazer o bem e de ser feliz.

Volve para Deus o teu olhar; dirige-lhe por um instante o teu pensamento e um raio da divina luz virá iluminar-te. Dize conosco estas simples palavras: Meu Deus; eu me arrependo, perdoa-me. Tenta arrepender-te e fazer o bem, em vez de fazer o mal, e verás que logo a sua misericórdia descerá sobre ti, que um bem-estar indizível substituirá as angústias que experimentas.

Desde que hajas dado um passo no bom caminho, o resto deste te parecerá fácil de percorrer. Compreenderás então quanto tempo perdeste de felicidade por culpa tua; mas, um futuro radioso e pleno de esperança se abrirá diante de ti e te fará esquecer o teu miserável passado, prenhe de perturbação e de torturas morais, que seriam para ti o inferno, se houvessem de durar eternamente. Dia virá em que essas torturas serão tais que a qualquer preço quererás fazê-las cessar; porém, quanto mais te demorares, tanto mais difícil será isso.

Não creias que permanecerás sempre no estado em que te achas; não, que isso é impossível. Duas perspectivas tens diante de ti: a de sofreres muitíssimo mais do que tens sofrido até agora e a de seres ditoso como os bons Espíritos que te rodeiam. A primeira será inevitável, se persistires na tua obstinação, quando um simples esforço da tua vontade bastará para te tirar da má situação em que te encontras. Apressa-te, pois, visto que cada dia de demora é um dia perdido para a tua felicidade.

Bons Espíritos, fazei que estas palavras ecoem nessa alma ainda atrasada, a fim de que a ajudem a aproximar-se de Deus. Nós vo-lo pedimos em nome de Jesus-Cristo, que tão grande poder tinha sobre os maus Espíritos.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Dinâmica do Perdão - Richard Simonetti

A Conquista da Serenidade - Richard Simonetti

A INFLUENCIA DOS ESPIRITOS EM NOSSA VIDA- PARTE 1 e 2





A INFLUENCIA DOS ESPIRITOS EM NOSSA VIDA- PARTE 3

Influência dos Espíritos

Amigos e seguidores do Blog!!!

Olá a todos e um otimo dia!
Venho por meio deste comunicado, declarar que o blog Entendendo a Doutrina Espirita,não ficará sem atualizações no mês de Dezembro de 2010.
Como vocês sabem e estão acompanhando o nosso Blog é atualizado todo mês.
Espero que todos estejam gostando do novo visual e de novas formas de noticias sobre a doutrina.
Declaramos que estamos abertos a criticas e sujestões
Abraços

Novo livro de Divaldo





Este é o novo livro de Manoel P. de Miranda, psicografado por Divaldo P. Franco, que traz assuntos atuais sobre a transição do Planeta. Nesta obra são tratados 3 assuntos:

1. tsunami

2. tarefas de reencarnação de novos obreiros

3. análise dos tormentos que invadem a Terra

Autoconsciência

Quando atingirmos a autoconsciência seremos mais donos de nosso nariz do que hoje, sairemos do jugo dos impulsos, dos hábitos, dos instintos, etc. Será que estamos plenamente conscientes de tudo que fazemos? Como não temos autoconsciência, ainda, são as consciências de fora, ou seja, as outras pessoas que nos ajudam a percebermos facetas de nossa personalidade que nem sempre atinamos. É claro que algum conhecimento sobre nós mesmos já possuímos, mas ainda está aquém do ideal. Para ilustrar essa colocação lembro do ensinamento de Ermance Dufaux, no livro Mereça Ser Feliz, página 100 onde afirma que “esse será o milênio do homem interior, em contraposição aos últimos mil anos que fundamentaram a era do homem exterior, o homem das conquistas para fora, sendo agora o momento das conquistas e vitórias íntimas: a era do amor falado, sentido e aplicado.” Isso mostra que somos inexperientes no mergulho interior, não fomos treinados para isso. Fomos adestrados a responsabilizar ou culpar os outros por nossas mazelas – isso é o que se chama de projeção.

Um exemplo de desconexão interna é quando a pessoa fica obsediada, invariavelmente, ela resmunga: “mas porque eu?”, “o que eu fiz para ser perseguido?”, “eu não faço mal para ninguém!” (provavelmente também não faz o bem). Quando ela vai ao Centro Espírita, é informado que a obsessão ocorre por sintonia. Logo, se o obsessor está carregado de ódio e quer o mal dela, significa que ela também está carregada de ódio? Pode ser que ela esteja trabalhando para vencer o homem velho cheio de vícios e maldades, mas seu inconsciente guarda sua história de desatinos e conquistas. Como ensina Manoel Philomeno de Miranda, no livro Temas da Vida e da Morte, página 153: “Em todos os casos (de obsessão), o encarnado possui os condicionamentos que propiciam o nefando intercâmbio que, muitas vezes, não se interrompe com a morte física.” Isto posto, fica claro que o obsessor vem ajudá-la a se conhecer, mostrando ângulos de seu mundo interno que ela não atentava. Se ela possuísse autoconsciência saberia mais sobre sua “sombra”* e trabalharia para superá-la – tornaria seu inconsciente, consciente!

Nota:

Sombra: os aspectos ocultos ou inconscientes de si mesmo, bons ou maus, que o ego reprimiu ou jamais reconheceu.

A sombra compõe-se, em sua maior parte, de desejos reprimidos e de impulsos não civilizados, de motivos moralmente inferiores, de fantasias e ressentimentos infantis, etc. todas aquelas coisas das quais não nos orgulhamos… Estas características pessoais não reconhecidas são muitas vezes experimentadas nos outros, através do mecanismo da projeção. Léxico Junguiano

Epidemia obsessiva

A maratona de muitas pessoas obsediadas é percorrer consultórios médicos, começar e não terminar psicoterapia, e procurar terapias alternativas com promessas de curas rápidas. Além disso, o aflito busca respostas nas mais diversas religiões sem muito êxito. O sofrimento dela perpassa entre o psíquico e o orgânico, deixando-a confusa se é um problema físico, psíquico ou espiritual. Por isso, vai ao médico, ao psicólogo e a religião. No Espiritismo ela vai encontrar respostas holísticas, mostrando a ligação entre a vida física, psíquica e espiritual. Quanto a incidência da obsessão na sociedade, Joanna de Ângelis esclarece:

“Tomando aspecto de verdadeira epidemia na atualidade, qual ocorreu em outras épocas da Humanidade, a parasitose espiritual, ou obsessão, é mal terrível que aflige as criaturas, sobrecarregando-as de enfermidades de diagnose difícil e cura mais complexa.” Dias Gloriosos

Lição das Trevas

No vale das trevas, delirava a legião de Espíritos infelizes.

Rixas, obscenidades, doestos, baldões.

Planejavam-se assaltos, maquinavam-se crimes.

O Espírito Benfeitor penetrou a caverna, apaziguando e abençoando.

Aqui, abraçava um desventurado, apartando-o da malta, de modo a entregá-lo, mais tarde, a equipes socorristas; mais adiante, aliviava com suave magnetismo a cabeça atormentada de entidades em desvario.

O serviço assistencial seguia difícil, quando enfurecido mandante da crueldade, ao descobri-lo, se aquietou em súbita acalmia e, impondo respeitosa serenidade a chusma de loucos, declinou-lhe a nobre condição. Que os companheiros rebelados se acomodassem, deixando livre passagem àquele que reconhecia por missionário do bem.

- Conheces-me? – interrogou o recém-chegado, entre espantado e agradecido.

- Sim – disse o rude empreiteiro da sombra -, eu era um doente na Terra e curaste meu corpo que a moléstia desfigurava.

Lembro-me perfeitamente de teu cuidado ao lavar-me as feridas.

Os circunstantes entraram na conversação de improviso e um deles, de dura carranca,

apontou o visitador e clamou para o amigo:

Que mais te fez este homem no mundo para que sejamos forçados à deferência?

Deu-me teto e agasalho.

Outro inquiriu:

Que mais?

Supriu minha casa de pão e roupa, libertando-nos, a mim e a família, da nudez e da fome.

Outro ainda perguntou com ironia:

Mais nada?

Muitas vezes, dividia comigo o que trazia na bolsa, entregando-me abençoado dinheiro para que a penúria não me arrasasse.

Estabelecido o silêncio, o Espírito Benfeitor, encorajado pelo que ouvia, indagou com

humildade:

Meu irmão, nada fiz senão cumprir o dever que a fraternidade me impunha; entretanto, se te mostras tão generoso para comigo, em tuas manifestações de reconhecimento e de amor que reconheço não merecer, porque te entregas, assim, à obsessão e à delinqüência?!

O interpelado pareceu sensibilizar-se, meneou tristemente a cabeça e explicou:

Em verdade, és bom e amparaste a minha vida, mas não me ensinaste a viver!

Espíritas, irmãos! Cultivemos a divulgação da Doutrina Renovadora que nos esclarece e reúne! Com o pão do corpo, estendamos a luz da alma que nos habilite a aprender e compreender, raciocinar e servir.

Cartas e Crônicas – Francisco C. Xavier/Irmão X

XXX

Precisamos aprender a arte de separar o que é invasão na vida alheia e o que é omissão. No caso citado por Humberto de Campos é omissão.

Quantos pais a título de ser modernos e “respeitar o filho” se omitem na transmissão de valores morais e na orientação espiritual/religiosa?

Aborto e obsessão II

A pugna que se travava além dos olhos físicos fazia-se constrangedora. O espírito, que fora expulso violentamente do corpo, não se desligara da matriz uterina, influenciando com a mente vigorosa e revoltada o organismo que se negara a sustentá-lo. Utilizando-se do motivo, sentia-se injustamente repudiado, não obstante as reiteradas súplicas que fizera à futura mãe na ânsia de progredir através das engrenagens do corpo físico. Assenhoreando lentamente a criminosa pela incidência telepática, foi desenhando na tela mental e conseguiu, ao longo dos meses, desarticular o equilíbrio da razão de seu comportamento. Nesse particular, a consciência culpada foi rompendo a couraça da falsa justificativa para o crime hediondo, gerando os pródromos do arrependimento, que se transformaria no fio mágico para o intercâmbio mental. Manoel Philomeno de Miranda

Fonte: Obsessão e Desobsessão de A a Z

Catástrofes

Nossa leitura parcial e condicionada só vê uma parte dos acontecimentos, não imaginando que atrás do suposto caos possa haver algo de bom. As intempéries climáticas e os abalos sísmicos parecem inimigos temerosos do ser humano. Talvez eles estejam nos dando algum recado, alguém duvida?

Para contrapor a visão pessimista e casualista, o texto abaixo mostra ordem e causalidade. O negrito no texto é meu:

Periodicamente… o planeta experimenta mudanças climáticas, sísmicas em geral, com profundas alterações na sua massa imensa, ou sofre o impacto de meteoros que lhe alteram a estrutura, tornando-o mais belo e harmônico, embora as destruições que, na ocasião, ocorrem, tendo sempre em vista o progresso, assim obedecendo à planificação superior com o objetivo de alcançar o seu alto nível de mundo de regeneração. Espírito Órion – Transição planetária

“Mortos” recebem visitas

Cemitérios de SP vão receber 2 milhões de visitantes - O Serviço Funerário do Município de São Paulo está preparado para a “Operação Finados 2010”. A Prefeitura espera receber até o fim do dia cerca de 2 milhões de pessoas nos 22 cemitérios e no crematório da Capital do Estado. O mais visitado de todos os cemitérios de São Paulo é o da Vila Formosa, o maior da Capital, 100 mil sepulturas. Funcionários uniformizados receberão os visitantes nos cemitérios, orientando-os.

O Dia dos Mortos em “O Livro dos Espíritos”, de Allan Kardec
Allan Kardec, em “O Livro dos Espíritos”, na questão 321 pergunta: “Para os espíritos, o Dia dos Mortos é mais importante do que qualquer outro dia? É com prazer que vão ao encontro daqueles que se propõem orar nos seus túmulos? A resposta: “Os espíritos atendem ao apelo do pensamento em qualquer dia”. A resposta da questão 323, “A visita ao túmulo proporciona mais satisfação ao espírito do que uma prece feita em casa, em sua intenção”, é esclarecedora: “A visita ao túmulo é uma maneira de manifestar a elevação do nosso pensamento ao espírito ausente: é a exteriorização desse fato. Contudo, já dissemos que é a prece que santifica o ato de recordar. Pouco importa o lugar, quando feita com o coração”. A visita ao cemitério é, portanto, dispensável.

Como a Doutrina encara o dia de Finados?

Dia dois de novembro é marcado pelo dia de finado, um feriado relacionado a morte. Preparamos este texto, com base em textos da codificação e também do site Espiritismo.org.br, para que possa entender melhor como o Espiritismo encara esta data.

A Doutrina Espírita nos mostra que somos Espíritos eternos e imortais. Quando encarnados, temos o corpo físico, o corpo espiritual (o perispírito) e o Espírito. Quando desencarnados, nos desligamos de nosso corpo físico. A vontade, a inteligência, as emoções, tudo está no Espírito.

Portanto, logo percebemos que a morte como conhecemos não existe. Ninguém morre, no sentido de acabar. O espírito é eterno e imortal. A morte então é uma passagem do plano físico para o plano espiritual. Isso se dá para que desenvolvamos nossas qualidades morais.

E embora tenhamos um grande desenvolvimento intelectual, a morte ainda não é bem entendida para a maioria de nós, mesmo os espiritualistas e até os espíritas, se tocarmos no sentido do apego. Embora o entendimento esteja na mente, o coração responde diferente.

Não é à toa que uma enorme quantidade de espíritos desencarnados expressarem suas dificuldades na vida de além túmulo, com relação as saudades de seus entes queridos, e vice-versa. E é este excesso de apego que cria situações extremamente desconfortantes, onde entramos em grande desequilíbrio nos momentos de separação mais brusca.

Mesmo quem entende a morte, sofre a dor da separação. Porém, é preciso modificar a nossa ideia acerca da vida, que não se resume a vida material, mas essencialmente a vida espiritual.

Nossos entes queridos são empréstimos de Deus para que possamos nos desenvolver cada vez mais. Mas que amor é esse, que desenvolvemos por eles, que em vez de pacificar nossa evolução, que em vez de fazer o bem, acaba prejudicando com o peso da saudade?

O dia de finados deve ser visto então como mais um dia em que devemos elevar nosso pensamento a Deus, orando fervorosamente por aqueles que já partiram, para que esta prece, feita sempre de coração, seja um alívio para aqueles que nós amamos e já partiram para a pátria espiritual.

A prece está entre os maiores bens que podemos fazer em benefício daqueles que já partiram, mas não é estagnada a apenas uma data no ano. Se quem partiu está na condição de sofrimento ou de perturbação, a prece será de grande benefício.

Se quem partiu está consciente, lúcido de sua realidade espiritual, da mesma forma, a prece chegará como um bálsamo ao coração de quem amamos, pela lembrança e pelo carinho.

Filão transcendental

PEDRO MARTINS FREIRE
Crítico de Cinema
25/10/2010

O surgimento de várias produções abordando a doutrina espírita surpreendeu pela capacidade de tocar o grande público brasileiro. O fenômeno responsável pelo sucesso de "Nosso Lar" e "Chico Xavier" se repete em Hollywood, com cineastas consagrados como Clint Eastwood e Gus Van Sant investindo na temática

A abordagem da doutrina espírita tem mobilizado milhões de brasileiros a lotar os cinemas. Ao mesmo tempo, essa situação começa a se repetir em outros países. Notícias de produções de filmes, peças e telefilmes pipocam na internet e nos sites de cinema.

Algo parecido, mas em escala muito menor, ocorria com os lançamentos dos filmes bíblicos produzidos por Cecil B. De Mille, nos anos 1950. Agora, a temática espiritual (não confundir com transcendência, algo bem mais amplo) desperta não apenas o interesse dos espiritistas (que no Brasil, passaram de 2,3 milhões a quatro milhões na corrente década), mas também o de agnósticos e adeptos de outras religiões.

Este contato tem provocado uma migração lenta, porém consistente para a doutrina revelada ao mundo por Allan Kardec através de seus livros, agora disputadas em adaptações para o cinema. E pelo número de produções em andamento, o movimento está apenas começando. "Bezerra de Menezes", "Chico Xavier" são os principais títulos dessa nova onda do cinema nacional. Conquistaram público e, apesar de certas polêmicas, conseguiram ser bem aceitos por parte da crítica

O que vem por aí

"Além da Vida" (Hereafter) é a nova criação de Clint Eastwood. Exibido recentemente no Festival de Toronto, o filme surpreendeu por tratar da vida após a morte. Uma virada na carreira de um cineasta tido como materialista. Escrito por Peter Morgan, de "A Rainha" e "Frost/Nixon", "Além da Vida" relata o drama de três pessoas de países diferentes - Inglaterra, França e EUA - que têm que lidar com a morte de pessoas queridas vítimas de um Tsunami. No enredo, um operário norte-americano (Matt Damon) que se conecta com o mundo espiritual através da mediunidade, tem uma explicação para o desastre.

Outra produção americana que explora a temática é "A Vida e a Morte de Charlie", de Burr Steers ("17 Outra Vez"). O longa estreia no Brasil no período do Natal. Zac Efron (High School Musical) interpreta um rapaz que não se conforma com a morte do irmão pré-adolescente e, abalado, procura emprego no cemitério onde ele está enterrado. Em suas andanças, acaba tendo contato com o espírito do irmão preso à Terra.

O respeitado Gus Van Sant segue a trilha em seu mais recente trabalho, "Restless", previsto para 2011, traz Mya Wasikowska, a Alice do filme de Tim Burton, no papel de uma adolescente apaixonada por um rapaz (Henry Hopper) que gosta de assistir a funerais. Presa a uma cama de hospital, em estado terminal, ela conversa diariamente com o espírito de um piloto "kamikaze" (Ryo Kaze) falecido na Segunda Guerra Mundial.

Outra produção que chama a atenção é o drama intitulado "The Rite" (O Rito), dirigido por Mikael Hafstrom, no qual um padre estadunidense vai à Itália estudar em uma escola de exorcismo - obviamente católica -, e se depara com o mundo dos espíritos. Alice Braga, os veteranos Anthony Hopkins, Rutger Hauer e Franco Nero, além de Ciaran Hinds e Chris Marquette formam o elenco central.

Duas outras produções chegarão aos cinemas em janeiro. Dirigido por Predrag Antonijevic, "Little Murder" se desenvolve após a tragédia do furacão Katrina que devastou a cidade de Nova Orleans. Josh Lucas interpreta um detetive que se depara com o espírito de uma mulher assassinada e, com a ajuda dela, empreende uma caçada ao criminoso.

A Espanha comparece com "Exorcismus", dirigido por Manuel Carballo, que acompanha o caso de uma família que, ao ver a filha possuída por um demônio, apela para um padre para fazer um exorcismo. O padre aceita, desde que possa filmar o evento, sem imaginar as consequências.

Há, ainda, "Reincarnate", produção de M. Nigh Shyamalan a ser dirigida por Daniel Stamm (de "O Último Exorcismo"), enfocando o julgamento de um serial killer e a ação, sobre os jurados, dos espíritos vingativos cujas existências terrenas foram tiradas por ele. A previsão de chegada aos cinemas é em 2012.

Atrações nacionais

As atrações mais aguardadas, no entanto, são mesmo nacionais. Todas, por sinal, com lançamentos previstos apenas para o próximo ano.

A começar por "As Mães de Chico Xavier", dos cearenses Gláuber Filho e Halder Gomes, adaptação do livro "Por Trás do Véu de Ísis", do jornalista e escritor Marcel Souto Maior. O enredo acompanha o drama de três mulheres tocadas pela dor da perda de filhos queridos. Ruth (Via Negromonte), cujo filho se envolve com drogas; Elisa (Vanessa Gerbelli), que se devotava ao filho pequeno; e Lara (Tainá Muller), professora em conflito com uma gravidez não planejada. Suas perdas ganham sentido ao terem contato com o médium Chico Xavier, novamente interpretado por Nelson Xavier, protagonista da cinebiografia do médium mineiro.

Produzido pela Estação da Luz Filmes, o longa será distribuído no País pela Paris Filmes e a estreia se dará em primeiro de abril de 2011, logo após ser exibido na abertura do I Festival de Cinema Transcendental, que acontecerá em março, em Brasília e Fortaleza.

A lista de produções rodadas neste ano prossegue com "O Contestado - restos mortais", do catarinense Sylvio Back, documentário que reconstitui o episódio histórico da Guerra do Contestado, envolvendo Paraná e Santa Catarina entre 1912 e 1916. Back refaz a estranha história dessa guerra através de 30 médiuns em transe, articulando ainda os fatos aos depoimentos dos sobreviventes e historiadores.

O filme, exibido em diversos festivais, incluindo É Tudo Verdade e Gramado, provocou muita polêmica. Há quem defenda que tudo apresentado ali se trata de "encenação", o que é rechaçado pelo cineasta.

Também exibido em Gramado, "O Último Romance de Balzac", de Geraldo Sarno, retoma a polêmica, que já dura 45 anos, em torno do livro "Cristo Espera por Ti", psicografado por Waldo Viera e cuja autoria seria de Honoré de Balzac (1799-1850). O filme explora os bastidores da criação do livro, incluindo o psicólogo Osmar Ramos Filho, que estuda o escritor francês há mais uma década e tenta mostrar a identificação entre as obras do autor e francês e o livro psicografado.

O documentário "As Cartas Psicografadas por Chico Xavier", realizado por Cristiana Grumbach, enfoca cinco famílias que perderam entes queridos e recebem o conforto através de cartas enviadas pelo médium, nas quais os desencarnados as tranquilizam. O cerne do filme é o processo de identificação, por parte de cada uma das mães, de elementos pessoais dos mortos contidos nas cartas.

Produção já finalizada, "O Filme dos Espíritos", da Mundo Maior Filmes, é uma livre adaptação do "Livro dos Espíritos", de Allan Kardec. Desesperado com a perda da esposa e do trabalho, um homem à beira do suicídio encontra o livro de Kardec e através dele inicia uma jornada interior transformadora, descobrindo o sentido das coisas na pluralidade do mundo espiritual. Dirigido por José Marouço e Michel Dubret, traz no elenco Luciana Gimenez (que substitui Regina Duarte e envelheceu 30 anos para se apresentar como uma senhora septuagenária), Sandra Corveloni, Enio Rodrigues, Ana Rosa, Ettty Fraser e Nelson Xavier.

Em andamento

Em etapa de pós-produção, "E a Vida de Continua" tem a direção de Paulo Figueiredo e Amanda Costa e Lima Barreto nos papéis centrais. A história acompanha o drama de um casal desconsolado que recebe o amparo de amigos espirituais, os quais o direciona para uma atitude de renovação da vida através do estudo e do trabalho.

Igualmente em fase de finalização, "Área Q", produzido por Halder Gomes e a Estação da Luz e com direção de Gerson Sanguinitto, enfoca o aparecimento de objetos voadores não identificados nos sertões cearenses, mais especificamente nos municípios de Quixadá e Quixeramobim - daí a área Q do título. Halder diz que seu filme trata de "ufologia e espiritualidade e trata do processo de reencarnação". No enredo, repórter de um jornal dos EUA inconformado com a morte do filho, aceita cobrir, no interior do Ceará, os eventos que marcam o aparecimento de discos voadores e que mobiliza os moradores de duas cidades.

Rolando desse o início de 2007, o roteiro de "Ninguém é de Ninguém", baseado no livro homônimo psicografado por Zíbia Gasparetto do espírito Lucius, ainda não foi filmado. As últimas notícias dão conta de que o produtor Tomislav Blazic planejava iniciar as filmagens neste segundo semestre em São Paulo. O filme, segundo consta, será rodado com uma versão falada em inglês.

Deus e as religiões

Octávio Caúmo Serrano

Embora as Escrituras digam que fomos criados à imagem e semelhança de Deus, ao longo do tempo, os homens entendem Deus à sua própria imagem e semelhança.
Em vez de um Ser Espiritual, Deus passou a ser humano, como nós, simbolizado por um velho de longas barbas, num trono, e com um cajado para sustentar-se. Limitamos Deus por não entender que Ele é um ser imaterial; é energia e não matéria.
O Espiritismo, no entanto, define Deus de forma diferente. Logo no início de O Livro dos Espíritos, questão número 1, informam os Superiores que Deus é a Inteligência Suprema, causa primária de todas as coisas.
Nas demais religiões cristãs, deparamo-nos com certas confusões. Misturam Jesus com Deus, como vemos no catolicismo, quando, na oração da Ave-Maria, se diz: Santa Maria, Mãe de Deus, em vez de Mãe de Jesus.
Limitado, Deus perderia seu poder absoluto, porque os acontecimentos escapariam ao controle do Administrador Maior do Universo, e as mortes coletivas seriam realmente catástrofes, acidentes imprevisíveis, sem que Deus tivesse o controle dos mundos. Para o Espiritismo não é bem assim.
É normal que os demais cristãos pensem diferente dos cristãos espíritas, porque eles não aceitam a lei da reencarnação e, portanto, não há carmas a serem corrigidos. Se ninguém tem nada a acertar, porque não há passado espiritual, como explicar os resgates que se sucedem, constantemente, inclusive de maneira coletiva? Somente como acidente, fatalidade, castigo, destino ou outras definições que nada explicam e duvidam da soberania divina. Um Deus que não pode evitar o sofrimento humano!
Imaginar que os acontecimentos se dão à revelia de Deus, ou que Ele permite semelhante maldade e nada faz para interferir ou minorar os sofrimentos humanos é considerá-Lo um Ser extremamente limitado e insensível. O tempo do “Deus castiga” já é passado. Deus é a Lei, a Lei que simplesmente se cumpre, sem privilegiar ninguém.
O Espiritismo ensina sobre a reencarnação e, portanto, diz que todos os acontecimentos se entrelaçam, e somos herdeiros do nosso passado. Mostra que a vida na Terra é uma escola de aprendizado espiritual e que deve ser aproveitada para a evolução, a fim de conseguirmos uma vida melhor, na vida verdadeira. O que não entendermos numa encarnação, aprenderemos na próxima. Ninguém morre, como dizem, convencionalmente; apenas desencarnamos e continuamos a caminhada espiritual como uma individualidade em sucessivo e permanente aperfeiçoamento.
Esse entendimento elimina as injustiças e explica as desigualdades na sorte das pessoas, quer física, quer moralmente.
O Deus ensinado pelo Espiritismo é, portanto, mais justo e mais poderoso porque é o Dono de todos os acontecimentos, e tudo obedece aos desígnios da Sua Lei.

A lei – a graça e a verdade

Cairbar Schutel

Publicado em 10 de outubro de 1936

Existe uma diferença muito grande entre o Antigo e o Novo Testamento. O primeiro está sob o domínio inflexível da Lei, que preside os Dez Mandamentos transmitidos no Monte Sinai, por intermédio de Moisés. O segundo é o Código de Imortalidade e Amor, sob a proteção vivificadora de Jesus Cristo e, por seu intermédio, transmitido às ovelhas desgarradas de Israel.
O Novo Testamento não inutiliza a Lei, que prevalece para os que não se acham aptos para receberem a “Graça e a Verdade”, assim como a Lei não invalida a Mensagem Cristã que dela liberta a todos que a receberam, integralmente, com seus princípios Imortalista e de Amor.
Por isso é que Jesus disse – “Não vim destruir a Lei, mas fazer com que ela seja cumprida” e o Apóstolo acrescenta – “a misericórdia (ou seja, o Amor) triunfa no Juízo”.
Para que haja Juízo e Julgamento é preciso que haja Lei; mas a Lei, conquanto contenha partículas do Amor, está abaixo do Amor que recebemos por Graça e Verdade de Jesus Cristo.
Quem está debaixo da Lei é escravo; quem se acha sob o amparo da Graça e da Verdade é livre; por isso Jesus disse aos que O quiserem seguir: “Se vós fordes meus discípulos, buscareis a Verdade e a Verdade vos fará livres”.
Há muita diferença entre a escravidão da Lei e o liberalismo da doação que o Cristo nos fez, tornando-nos Filhos de Deus, com direito à Ressurreição e à Vida Eterna. Por isso o Senhor disse: “A Vida Eterna consiste em crerdes no Filho do Homem”. Aquele que crer terá (conhecerá) a Vida Eterna; aquele que não crer não a terá (não a conhecerá), já está condenado.
A “Lei” foi dada para súditos; a “A Graça e a Verdade”, para filhos.
A “Graça e a Verdade”, dadas por Jesus Cristo, são maiores do que a “Lei”, dada por intermédio de Moisés; entretanto, uma como outras são Revelações da Vontade de Deus. Quem não quiser receber o “jugo suave” e o “fardo leve”, tem que se submeter, mais hoje, mais amanhã, ao jugo da “Lei” e carregar seu pesado “fardo”.
Tal é a revelação que o Espiritismo nos transmite, relembrando a Palavra do Cristo, e ordenando o seu cumprimento.

Os nobres objetivos do Espiritismo

Francisco Rebouças

O Espiritismo, em conformidade com a própria vida, tem, sem dúvida, uma nobre finalidade: tornar o homem cada vez mais um Ser moralizado e em harmonia com as Soberanas Leis do Universo, essa a proposta principal do Espiritismo, melhorar os homens, no que concerne ao seu progresso moral e intelectual.
A Doutrina Espírita nos esclarece que “O verdadeiro espírita não é o que crê nas comunicações, mas o que procura aproveitar os ensinamentos dos Espíritos. De nada adianta crer, se sua crença não o faz dar sequer um passo na senda do progresso, e não o torna melhor para o próximo”.
No Livro: O Que é o Espiritismo, Kardec nos afirma: “O Espiritismo, como doutrina moral, só impõe uma coisa: a necessidade de fazer o bem e evitar o mal. É uma ciência de observação que, repito, tem consequências morais, que são a confirmação e a prova dos grandes princípios da religião; quanto às questões secundárias, ele as abandona à consciência de cada um”.¹
Em seus postulados fundamentais, a Doutrina Espírita nos faz ver que a fé não pode prescindir da razão, pois, acreditar em algo que não tenha uma base sólida, fundamentada no bom senso, no estudo e observação dos fatos, nos faz resvalar pelas armadilhas das crendices e das fantasias irreais, apregoadas pela fé cega que nos impõe o fanatismo e a insensatez.
O Espiritismo, tendo por base as Leis Naturais, só pode admitir aquilo que esteja em perfeita harmonia com a lógica e a razão e, graças a isso, vê ratificados pelas descobertas científicas da atualidade os preceitos contidos em sua doutrina, onde o bom senso e a coerência do conteúdo das obras reveladas pelos Espíritos Superiores enfatizam o pensamento do Codificador do Espiritismo, quando afirma: “Fé inabalável só o é a que pode encarar, frente a frente, a razão, em todas as épocas da humanidade”.²
O Espiritismo tem um aspecto científico porque estuda, à luz da razão e usando critérios científicos, com metodologia específica, os fenômenos mediúnicos, ou melhor, os fatos que colocam os homens em contato com os espíritos, ocorrências essas que nada têm de sobrenatural, porque estão dentro do contexto dos fatos naturais, nada apresentando de milagroso nem de superstições do povo crédulo e ignorante dos tempos passados.
Em A Gênese, Cap. I - item 14, Allan Kardec destaca:
“Como meio de elaboração, o Espiritismo procede exatamente da mesma maneira que as ciências positivas, isto é, aplica o método experimental. Fatos de ordem nova se apresentam que não podem ser explicados pelas leis conhecidas; ele os observa, compara, analisa e, partindo dos efeitos às causas, chega à lei que os rege, depois deduz as consequências e busca as aplicações úteis. O Espiritismo não estabeleceu nenhuma teoria preconcebida; assim, não se apresentam como hipótese nem a existência e a intervenção dos Espíritos, nem o perispírito, nem a reencarnação, nem qualquer dos princípios da doutrina; conclui-se pela existência dos Espíritos porque essa existência resultou como evidência da observação dos fatos; e assim os demais princípios. Não foram dos fatos que vieram posteriormente confirmar a teoria, mas foi a teoria que veio subsequentemente explicar e resumir os fatos. Rigorosamente exato, portanto, dizer que o Espiritismo é uma ciência da observação e não o produto da imaginação. As ciências não fizeram progressos sérios senão depois que os seus estudos se basearam no método experimental; mas, acreditava-se que esse método não poderia ser aplicado senão à matéria ao passo que o é igualmente às coisas metafísicas”.³
Os tempos de fé cega estão ultrapassados, e a Doutrina Espírita jamais será superada pelas descobertas da ciência contemporânea, pois, se alguma teoria nova surgir, devidamente comprovada pelas pesquisas científicas e estiverem em desacordo com algum ponto da filosofia espírita, esta será modificada nesse ponto, o que até hoje jamais ocorreu.

BIBLIOGRAFIA:
1) O Que o Espiritismo – FEB. – Allan Kardec.
2) O Evangelho Segundo o Espiritismo – FEB 112ª edição. Cap.XIX, itens 7.
3) A Gênese, Cap. I - item 14.

105 anos do Jornal “O Clarim”

Como tem ocorrido todos os anos desde sua fundação em 15 de agosto de 1905, a comunidade espírita do município comemorou mais um ano do jornal O Clarim e homenageou seu idealizador, Cairbar Schutel.
A homenagem ao centésimo quinto aniversário do jornal foi realizada no Centro Espírita O Clarim na noite de 17 de agosto de 2010. Numeroso público lotou as dependências do auditório do centro espírita, que recebeu o palestrante Edegar Tão, responsável pelo Departamento de Comunicação da USE de Ribeirão Preto (SP).
A palestra de Edegar foi baseada em uma das parábolas de Jesus. Na oportunidade abordou importantes conceitos doutrinários, enaltecendo o exemplo de Cairbar, que foi um dos grandes divulgadores da Terceira Revelação.
José Luiz Marchesan, presidente da instituição, agradeceu a participação de todos e encerrou a solenidade com emocionada prece.
Como é de costume a festa continuou no salão anexo ao auditório, onde foram servidos salgados, doces e refrigerantes a todos os presentes, num clima de muita alegria e amizade.
Em reconhecimento ao dia de fundação de O Clarim, a Câmara Municipal criou a Lei Municipal n° 3.012 de 06/06/2000 que estabeleceu o dia 15 de agosto como o Dia de Cairbar Schutel. É uma justa homenagem da sociedade matonense a um homem que muito realizou em favor da cidade.
No prefácio do livro Cairbar Schutel, O Bandeirante do Espiritismo (O Clarim, 1984), Wallace Leal Rodrigues, um dos grandes colaboradores da casa, parece antecipar o reconhecimento àquele que foi considerado o Pai da Pobreza de Matão: “a sua querida Matão – que agora também ganha porte – pela ‘descoberta’ de seu filho laborioso e honrado, (...) um dia há de saldar a dívida de gratidão que tem para com ele – o grande amor do cidadão e do espírita Cairbar Schutel.”

Arte espírita

A arte é a capacidade que tem o ser humano de pôr em prática uma ideia; utilização de tal capacidade com vista a um resultado que pode ser obtido por meios diferentes; atividade que supõe a criação de sensações ou de estados de espírito, de caráter estético, carregados de vivência pessoal e profunda, podendo suscitar em outrem o desejo de prolongamento ou renovação.
Temos aí três acepções da palavra arte, no “Aurélio”, dentre outras que existem. Entre elas, a capacidade criadora do artista de expressar ou transmitir tais sensações ou sentimentos.
A arte é um dos meios para a divulgação da ideia espírita, e ela pode estar presente na música, no teatro, na poesia, na literatura, entre outras formas de manifestação.
Rossini, em três mensagens, reproduzidas por Kardec, na Revista Espírita, fala-nos sobre a música espírita, a música e as harmonias celestes, a harmonia comparada com a luz.
A certo ponto, coloca: “A harmonia, a ciência e a virtude são as três grandes concepções do Espírito: a primeira o deslumbra, a segunda o esclarece, a terceira o eleva. Possuídas em suas plenitudes, elas se confundem e constituem a pureza.” E, mais adiante:
– O compositor, que concebe a harmonia e a traduz na linguagem chamada música, concretiza a ideia, escreve-a. O artista apreende a forma e toma do instrumento que lhe deve permitir exprimir a ideia.
– Produz sensações nos que escutam; essas sensações são a harmonia. A música as produziu.
– A música é o médium da harmonia.
– A harmonia é tão indefinível quanto a felicidade, o medo, a cólera: é um sentimento.
– A música é essencialmente moralizadora, uma vez que leva a harmonia às almas, e a harmonia as eleva e as engrandece.
– A influência da música sobre a alma, sobre o seu progresso moral, é reconhecida por todo o mundo. Mas a razão dessa influência, geralmente, é ignorada. Sua explicação está inteiramente neste fato: a harmonia coloca a alma sob o poder de um sentimento que a desmaterializa.
– Moralizando os homens, o Espiritismo exercerá uma grande influência sobre a música.
– Os ouvintes que o Espiritismo tiver preparado para receber, facilmente, a harmonia, ouvindo música séria, sentirão um verdadeiro encanto.
– O Espiritismo terá influência sobre a música: seu advento mudará a arte, depurando-a. Sua fonte é divina, sua força o conduzirá por toda a parte onde houver homens para amar, para se elevar e para compreender. Tornar-se-á o ideal e o objetivo dos artistas. Pintores, escultores, compositores, poetas lhe pedirão suas inspirações, e ele lhas fornecerá, porque é rico, inesgotável.
– O Espírito do maestro Rossini, em nova existência, virá continuar a arte que considera como a primeira de todas. O Espiritismo será o seu símbolo e o inspirador de suas composições.
Essas as palavras finais de Rossini, na terceira mensagem.
O que Rossini fala da música é como colocado acima, aplica-se às outras artes.
Inclusive a sétima arte, o cinema.
Está em exibição “Nosso Lar – o filme”, baseado no livro “Nosso Lar” de André Luiz, psicografado por Francisco Cândido Xavier, no início da década de 40.
Essa superprodução cinematográfica leva a temática espírita do livro para as telas. É o resultado de uma enorme equipe de trabalho e visa sensibilizar o espectador, com a história real, autobiográfica, de André Luiz, seus estágios e aprendizados, tanto no umbral como na cidade espiritual de luz que o abrigou. É mais uma contribuição espírita para a espiritualização da arte, e de cada um de nós.

O poder da palavra e a arma infalível do amor

Jaime Facioli

Não há como negar, no mundo globalizado, já alcançado pelos filhos de Deus, caminho que percorremos com sofreguidão, seguindo os ditames da Lei de Evolução. Utilizamo-nos das palavras, como veículo poderoso de convencimento de outrem, para que comunguem nossos pontos de vista. Inquestionavelmente, o poderoso meio de comunicação pela palavra serve aos despropósitos daqueles cujo caráter não ascendeu à elevação moral anelada pelos candidatos à bem-aventurança dos puros de coração. Usam-na para ferir, escrachar, injuriar e mascarar as intenções das pessoas, carregando o veneno mortal da desdita naquele que faz mau uso desse instrumento. Certamente, essa é uma das razões de se encontrar, no livro Seara dos médiuns, pelo Espírito Emmanuel, psicografado por Francisco Cândido Xavier, ed. Feb e, no cap. 14 desse livro, intitulado A carta de Tiago, encontra-se o escólio das três questões que não têm volta: a flecha lançada, a palavra falada e a oportunidade perdida. Pronunciada a palavra e, no sentido lato, também o pensamento, não há maneira de fazer com que ela ou ele retornem. É indispensável pensar muito bem, antes de nos pronunciarmos a respeito de um tema, pois, não podendo fazer com que a palavra volte ou nosso pensamento retroceda, teremos que responder pela nossa ação. Indubitavelmente, é a palavra que reflete, de forma segura, o nível moral em que nos encontramos. Com a palavra se propagam as boas obras e se acende a esperança, nos corações amorosos, despertando a fé. Ao fortalecer a fé vacilante, sustenta-se a paz e, concomitantemente, se má empregada, serve para alimentar o vício e a delinquência. Utilizando a palavra, o professor eleva a mente dos seus aprendizes às culminâncias do saber, ensejando aos seus discípulos descortinarem o mundo belo, colorido e consentido. Usando do verbo, o malfeitor arroja infindável número de vítimas do não vigiar, do não orar e do não ter olhos para ver, para o fosso do crime. Conversando, a mãe educa e dulcifica o filho, apontando-lhe os caminhos da honra e do dever. Com a palavra, maus líderes editam leis espúrias, conduzem os povos às guerras cruentas, permitindo que a boca escancarada da morte ceife vidas preciosas. Na contrapartida do exercício do livre-arbítrio, os bons governantes, sinceramente preocupados com seus comandados e responsabilidades, elaboram discursos de paz e se esforçam por concedê-la. O Divino Rabi da Galileia falou, e o Evangelho surgiu como a Boa Nova que todos aguardavam, sofridos e desalentados. Antes d’Ele, a fim de preparar os caminhos, uma voz se ergueu desde o deserto até as margens do rio Jordão, pregando um novo tempo. Um tempo em que as veredas do Senhor seriam aplainadas, e os homens poderiam ouvir o doce cântico de um Rabi. Nas tardes quentes, nas noites amenas, Jesus serviu-Se da palavra para ensinar as verdades do Pai que está nos céus, para manifestar a Sua vontade generosa e curar enfermos. Com Seu verbo e sua logística incomparável, salvou da morte, por apedrejamento, uma mulher que se equivocara, esquecendo dos seus deveres de esposa. Serviu-Se da palavra e pediu perdão ao Pai para os que O crucificaram e, com a palavra da fé, entregou-Se a Deus. O apóstolo Paulo, pela palavra consciente e esclarecedora, levou as boas novas do Reino de Deus a lugares inimagináveis. O Messias deixava-Se inflamar pela inspiração dos céus, que Seu verbo convertia multidões. Gandhi serviu-se da palavra, para convidar a todos os seus irmãos da Índia a se unirem pelo mesmo ideal; seguindo os passos de Jesus, elegeu a não violência como forma de vencer as cizânias da vida. Martin Luther King Jr. Discursou, em nome da paz, desejando que brancos e negros se sentissem irmãos. Quando a guerra civil devastava o solo americano, o Presidente Lincoln usou da palavra de bom ânimo, para levantar a moral dos soldados abatidos pelas derrotas e pelo abandono que acreditavam sofrer. O verbo é sempre a manifestação da inteligência sadia ou enferma. É a base da escrita. E, toda vez que utilizamos a palavra, semeamos bênçãos ou espalhamos tempestades. Desse modo, ainda que trevas e espinheiros se alonguem junto a nós, governemos a emoção e pronunciemos, sempre, a palavra que instrua, console, ajude ou santifique. Aprendamos a calar toda frase que destrua, porque toda palavra que agride é moeda falsa, no tesouro do coração. Sobre o poder da palavra e a forma de combatê-la, há uma história popular que dulcifica os corações amorosos e nos torna cada vez mais sensíveis ao amor, sublime amor. Conta-se que, certo dia, um homem revoltado criou um poderoso e longo pensamento de ódio, colocou–o numa carta rude e malcriada e mandou-a para seu chefe da oficina de onde fora despedido. O pensamento foi vazado em forma de ameaças cruéis. E, quando o diretor do serviço leu as frases ingratas que o ofendiam, acolheu-as, desprevenidamente, no próprio coração, e tornou–se furioso, sem saber a razão. Encontrou, quase de imediato, o subchefe da oficina e, a pretexto de enxergar uma pequena peça quebrada, desfechou sobre ele a bomba mental que trazia consigo. Foi a vez de o subchefe tornar-se neurastênico, sem se dar conta do motivo. Abrigou a projeção maléfica no sentimento, permaneceu amuado várias horas e, no instante do almoço, ao invés de alimentar-se, descarregou na esposa o perigoso dardo intangível. Tão só por ver um sapato imperfeitamente engraxado, proferiu dezenas de palavras chulas; sentiu-se aliviado, e a mulher passou a asilar no peito a odienta vibração, em forma de cólera inexplicável. Repentinamente transtornada pelo raio que a ferira e que, até ali, ninguém soubera remover, encaminhou-se para a empregada que se incumbia do serviço de calçados e desabafou. Com palavras indesejáveis, inoculou-lhe no coração o estilete invisível. Agora era uma pobre menina quem detinha o tóxico mental. Não podendo despejá-lo nos pratos e xícaras ao alcance de suas mãos, em vista do enorme débito em dinheiro que seria compelida a aceitar, acercou-se de velho cão, dorminhoco e paciente, e transferiu-lhe o veneno imponderável, num pontapé de largas proporções. O animal ganiu e disparou, tocado pela energia mortífera e, para livrar-se desta, mordeu a primeira pessoa que encontrou na via pública. Era a senhora de um proprietário vizinho que, ferida na coxa, se enfureceu, instantaneamente, pela vibração amaldiçoada, possuída pela força maléfica. Em gritaria desesperada, foi conduzida a certa farmácia; entretanto, deu-se pressa em transferir ao enfermeiro que a socorria a vibração indesejada. Crivou-o de xingamentos e esbofeteou-lhe o rosto. Rapaz muito prestativo, de calmo que era, converteu-se em fera verdadeira. Revidou os golpes recebidos com observações ásperas e saiu, alucinado, para sua residência, onde a velha e devotada mãezinha o esperava para a refeição da tarde. Chegou e descarregou sobre ela toda a ira de que era portador. – Estou farto! – bradou. – A senhora é culpada dos aborrecimentos que me perseguem. Não suporto mais esta vida infeliz. Fuja da minha frente. O rapaz fez mau uso da palavra e pronunciou nomes terríveis. Blasfemou, gritou colérico, qual louco. A velhinha, porém, longe de agastar-se, tomou-lhe as mãos e disse-lhe, com naturalidade e brandura: – Venha cá, meu filho. Você está cansado e doente. Sei a extensão de seus sacrifícios por mim e reconheço que tem razão para lamentar-se. No entanto, tenhamos bom ânimo. Lembremo-nos de Jesus. O uso que O Divino Jardineiro fez das palavras dulcificadas. Afinal, tudo passa, na Terra. Não nos esqueçamos do amor que o Mestre nos legou. Abraçou-o, comovida, e afagou-lhe os cabelos. O filho demorou-se a contemplar-lhe os olhos serenos e reconheceu que havia, no carinho materno, tanto perdão e tanto entendimento que começou a chorar, pedindo-lhe desculpas. Houve, então, entre os dois, uma explosão de íntima alegria. Jantaram felizes e oraram, em sinal de reconhecimento a Deus. A projeção destrutiva do ódio morrera, ali, dentro do lar humilde, diante da força infalível do sublime amor.

Nosso Lar

Richard Simonetti

A que você atribui o sucesso do filme “Nosso Lar”, nos cinemas brasileiros?
Da parte dos espíritas, a satisfação de ver a descrição da morada dos mortos, feita por André Luiz, em psicografia de Chico Xavier, saltar do livro homônimo para as telas. Do público em geral, a curiosidade de ver essa ampla e objetiva visão do Além, conforme a proposta da Doutrina Espírita.

É notável a descrição das regiões umbralinas, muito bem transpostas para o cinema, com efeitos especiais espetaculares. Não obstante, não parecerá fantasiosa para o leigo?
As regiões umbralinas têm sido detectadas por videntes de variadas religiões, ao longo do tempo, situadas como infernais. Não há nada, portanto, de novo. A Doutrina Espírita nos mostra a realidade espiritual, antes revestida pelo manto da fantasia.

O problema do leigo é entender esse mundo espiritual muito semelhante ao mundo físico, semelhante demais para muitos.
Sempre pergunto aos que duvidam: se não é assim, como vocês o imaginam? Não há como escapar à ideia de que o Espírito habita um mundo de formas. A paisagem pode ser diferente, mas sempre haverá uma paisagem, constituída de seres e coisas.

Não é o Espírito uma luz que irradia, segundo está na questão 88, de O Livro dos Espíritos? Difícil vê-lo interagindo num mundo de formas.
É simples entender isso, lembrando a existência do Corpo celeste, a que se refere o apóstolo Paulo, na Primeira Epístola aos Coríntios (15:44): Semeia-se corpo animal, é ressuscitado corpo espiritual. Se há corpo animal, há também corpo espiritual.

Paulo antecipava a ideia do perispírito, revelado pela Doutrina Espírita?
Exatamente. É o corpo espiritual veículo de manifestação do Espírito, no plano em que atua, e elo de ligação com o corpo físico, enquanto encarnado. É, ainda, o perispírito, “xerox” do corpo físico, quanto à forma, que permite ao vidente identificar espíritos desencarnados. Quando ele diz que está vendo o Espírito do senhor Epaminondas, vê, na realidade, o senhor Epaminondas em seu corpo espiritual.

Esse corpo celeste ou perispírito é feito de matéria?
Sim. Matéria rarefeita, quinta-essenciada como dizia Kardec, o que nos leva à conclusão de que o mundo espiritual também é feito de matéria ou não haveria como o Espírito interagir nele, a partir do perispírito. Compreendendo isso, não é difícil admitir que o Espírito desencarnado transita por um espaço diferente do plano físico nos arranjos, mas semelhante nas formas e na constituição. É tudo matéria, em vários níveis de densidade.

E os mundos celestes ou divinos, a que se refere Kardec, em O Evangelho segundo o Espiritismo, habitados por Espíritos depurados, também são constituídos de matéria?
São inabordáveis para nós outros, ainda iniciantes na arte de compreender a vida espiritual, nos vários planos do infinito. Mas não é difícil admitir que sejam feitos também de matéria, cada vez mais sutilizada, o mesmo acontecendo com os perispíritos daqueles que os habitam.

E como fica a ciência nessa história? Chegará um dia a admitir as revelações espíritas sobre o mundo espiritual?
Sem dúvida. Os físicos, esses incríveis visionários que enxergam aparentes fantasias que a experiência acaba comprovando, concebem que existem “n” universos paralelos. Não é difícil imaginá-los como representações de vários níveis do mundo espiritual.

Evolução da Ciência

Cairbar Schutel

Publicado na RIE em outubro de 1933

Nada há estável na Terra; tudo está submetido à lei inexorável do progresso: seres e coisas, povos e nações, ciência, arte, religião, tudo progride, tudo evolui; do mínimo para o máximo tudo marcha para um desenvolvimento completo, numa aliança estreita com a Sabedoria Suprema para a realização dos desígnios divinos.
E quando o progresso cessa e a ciência parece cristalizar, vêm os grandes abalos sociais para despertar os homens para o cumprimento dos seus destinos e uma nova ordem de coisas força a humanidade ao movimento que é a vida que vem libertar o mundo da estagnação em que se acha.
Um breve exame retrospectivo da história das religiões e das ciências nos faz ver a necessidade do progresso em todas as ramificações dos conhecimentos humanos e a fatalidade dessa lei inflexível que rege o destino dos povos.
Na esfera religiosa nós vemos as revelações se sucedendo entre os povos e nas várias nações, desde os primitivos influxos das manifestações dos Espíritos em todas as camadas sociais, até à época atual em que o mundo todo se mostra abalado pela Revelação das Revelações, magnificamente caracterizada pelo Espiritismo, cuja teoria sistematiza admiravelmente a grande Doutrina unificadora dos povos, pela sabedoria inconfundível de seus princípios renovadores de Fé e de Verdade.
Na esfera científica, ao lado das constantes modificações por que têm passado as ciências, da alquimia à química, da astrologia à astronomia etc. etc., nós verificamos a ancianidade das ciências atuais, incapazes de darem solução para certos problemas estreitamente ligados à Vida e de explicarem os fenômenos naturais que se desenrolam quotidianamente na tela mundial, certamente para nos chamar a atenção para uma nova ordem de verdades necessárias a enriquecer o nosso tesouro de conhecimentos, para um surto mais elevado para a Espiritualidade.
É justamente no campo da biologia, da química, da física e da medicina que esses fenômenos agem com maior intensidade.
Grandes sumidades do velho continente são atraídas para esses fatos que destroem absolutamente, pela base, os ensinos acadêmicos e oficiais, requerendo a atenção de todos os pesquisadores e cientistas e pedindo a renovação das ciências acadêmicas, já arcaicas, sobre as bases dos fatos que ocorrem todos os dias.
De outro lado, surgem homens de saber, verdadeiros missionários que abalam as cátedras com as teorias provadas e prováveis de que a matéria não é absolutamente o princípio de Vida, a base fundamental dos corpos e de sua manutenção. De fato, ela não passa de um elemento de organização, que dá uma ideia positiva da Vida.
Todos esses fenômenos que se desenrolam aos nossos olhos e que afetam a ciência, a religião e aparecem nas questões sociais, estabelecendo terrível confusão nas massas, são lições substanciosas de uma nova ordem de ideias que precisam ser estudadas e observadas, para porem um paradeiro à digladiação social que aumenta todos os dias, estabelecendo a desorientação, a descrença, a falta de fé na religião e na ciência.
O Espiritismo se apresentou ao mundo como o reivindicador das grandes ideias que vêm orientar os homens para a Verdade, e por esse motivo ele não deixará à revelia os erros científicos que vão devastando a vida humana e os erros religiosos que abrem abismos profundos nos corações, causando, uns e outros, terríveis males que nos afligem.
É preciso que os homens de ciência, principalmente, se compenetrem que caminham em terreno movediço e voltem suas vistas para o Ideal que norteia a Verdade que lhes libertará do erro.
Grandes vozes ecoam em todos os pontos do globo, demonstrando que as teorias materialistas se acham em completa derrocada e, assim como aconteceu com a teoria geocêntrica completamente modificada por Galileu e Copérnico, chegamos a uma época, em que o átomo que serve de base a essas errôneas doutrinas que idealizaram a vida de modo mui diverso do que ela é, e veremos, como já temos visto, a sua completa destruição.
Urge que os nossos sábios, mais bem orientados sobre os fatores predominantes da Vida, procurem-na em sua essência máxima, não na matéria que se desagrega e modifica todos os dias, mas em outros elementos que não são diretamente percebidos pelos seus limitados e imperfeitos sentidos físicos, mas indiretamente se revelam, por meio de aparelhos que demonstram a sua ação positiva e categórica, como também se revelam por fatos irrefragáveis observados e constatados hoje por grandes sumidades científicas de todo o planeta.
Aí estão as fotografias psíquicas, as moldagens, as impressões digitais, as materializações de membros, de corpos, as vozes diretas, constatadoras da Vida, sem dependência do átomo materialista; aí estão os fenômenos intelectuais que provam conhecimentos superiores ao meio em que eles se desenrolam; aí estão os fenômenos de curas, que ultrapassam muito ao conhecimento dos doutores que fizeram sua especialidade nesse ramo de saber.
Todos esses fatos têm um determinativo, que é trazer o seu valoroso concurso para a evolução da ciência, que não pode, e em tempo algum poderia dizer a última palavra.
A nova ciência, assentada em suas verdadeiras bases, vem encher de luz o mundo, vem substituir o fanatismo insensato, o farisaísmo ignorante pela Verdade, vem dar ao homem as mais exatas noções dos seus deveres e dos seus destinos, e nos abrir horizontes infindáveis para que cresçamos em toda a Sabedoria e em todo o Amor, a fim de nos aproximarmos de Deus.
A ciência como a religião não podem paralisar, elas marcham incessantemente conduzindo os povos para a sabedoria, para o bem, para a felicidade.

Fetos anencéfalos

Abel Glaser

Sofrimento. Essa é a palavra que resume o sentimento de mulheres gestantes de fetos anencéfalos (com má-formação cerebral).
Além da dor imposta pelo diagnóstico, elas enfrentam uma verdadeira saga, nos tribunais, ao terem de negociar sua angústia com promotores e juízes, em busca de conquistar o direito legal para interromper a gravidez.
Estima-se que, no país, 2.000 mulheres grávidas de fetos anencéfalos já interromperam a gestação, por meio de alvarás judiciais.
É uma violência obrigar uma mulher a manter por nove meses a gravidez de um feto que nascerá morto ou morrerá, instantes após o parto.
Pesquisa feita em 2008 pelo Ibope mostra que 72% das mulheres católicas entrevistadas são a favor de que grávidas de fetos anencéfalos tenham o direito de optar entre interromper a gestação ou mantê-la.
Uma alteração na legislação vigente não significará a obrigatoriedade da interrupção da gravidez de fetos anencéfalos, mas facultará e reconhecerá o direito à não violência, inalienavelmente.
É fundamental, nesses casos, que as mulheres possam decidir se desejam ou não levar adiante a gestação, e o Estado deve garantir todos os recursos necessários para dar suporte às suas escolhas.
Essas são algumas das afirmações que faz a Drª. Nilcéa Freire, médica e ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres, em artigo publicado na Folha de São Paulo, do dia 14 de julho de 2010, à página A3.
À luz da Doutrina Espírita, outro é o posicionamento.
O Espírito reencarnante é ligado ao corpo físico em formação, a partir da concepção.
A reencarnação tem por finalidade a evolução do Espírito e contém, na sua programação, nunca por acaso, quadro de provas e expiações, próprio de um mundo no estágio do planeta Terra.
Também não é por acaso que reencarne em determinada família.
Interromper a gestação não é lícito, espiritualmente falando, salvo em caso de risco efetivo de vida da genitora. Em outras situações, provocar a sua interrupção gera consequências graves frente à lei de ação e reação. É uma vida humana que está sendo ceifada, violentamente.
Não é o caso de abortamento natural, oriundo de problemas orgânicos da gestante, o que representa prova para o reencarnante e pode também representar prova para os pais.
Nesse contexto, pois, diante das leis divinas, fetos anencéfalos merecem ser respeitados. Há neles vida humana, Espíritos vivenciando uma nova jornada evolutiva, dure ela o tempo que durar. Têm o direito de nascer.
Causa sofrimento? Certamente que sim, tanto para o reencarnante como para a mãe e outros familiares. Nunca por acaso. Envolve uma prova de resignação, que é o consentimento do coração, como coloca Lázaro, em mensagem que Kardec transcreve, no item 8 do capítulo IX, de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”.
Apoiar, amparar o Espírito que vive a prova da anecefalia, durante e após a gestação, visando seu progresso espiritual, é postura de amor, fraternidade, solidariedade e, porque não dizer, caridade.
O anencéfalo vive. Só desencarnará, quando cessar, completamente, sua atividade encefálica, tenha ela o tempo que tiver.
O período gestacional, sem rejeição, com sentimento positivo pelo ser em desenvolvimento, promove benefícios emocionais e vibracionais a ele, Espírito imortal.
Se extermínios eugênicos são reprováveis, exterminar o anencéfalo, em qualquer período de sua formação, também o é.

Autoestima

O trabalhador espírita, por vezes, necessita elevar sua autoestima.
Ora, é a pressão espiritual contrária que o abate e que pode enfraquecer seu ânimo.
Outras vezes, são os relacionamentos complexos, difíceis, que o prostram.
Noutros momentos, um sentimento melancólico pode advir, em função dos obstáculos, diante da tarefa ou do seu processo de reforma interior.
Seja qual for a razão, faz-se oportuna a reflexão, à luz da Doutrina Espírita, revendo horizontes, para o cumprimento de metas ensejadas pela atual programação reencarnatória.
Renovar e fortalecer a fé é fundamental, nessas situações.
Deixar-se guiar pelo bom senso, também.
Unindo sentimento e razão, num clima de calma, serenidade, ideias, princípios, postulados, que afloram em sua mente e aliviam seu coração, aprimorando a sintonia com benfeitores espirituais que o fortalecem, na caminhada evolutiva e no cumprimento do dever.
Perseverar no caminho do bem é o desafio, permanecendo nele, sempre.
Quanto à pressão espiritual contrária, o trabalhador consciente sabe que, num contraponto, conta com todo o apoio da cidade espiritual de luz a que é ligado.
Em relação a relacionamentos complexos, difíceis, entende que o acaso não existe. Muitas vezes, a Lei de Progresso nos recoloca frente a frente com desafetos do passado, para que arestas sejam aparadas.
Sobre obstáculos diante da tarefa, compreende que a boa-vontade, aliada ao empenho, garantem o estado de espírito que leva ao sucesso.
A propósito de melancolia decorrente de abraçar o processo de reforma íntima, sem constatar resultados imediatos, reconhece que o segredo do sucesso consiste, exatamente, em insistir, continuamente, no exercício de substituir imperfeições por valores morais que lhe são opostos.
Reencarnados num mundo de expiações e provas como o nosso, altos e baixos são normais em relação à autoestima.
Diante dessa realidade, não há que se lamentar, nem tampouco esmorecer.
Todas as dificuldades serão superadas, no momento oportuno, em havendo perseverança.
Depois da tormenta, vem a calmaria. Depois da noite escura, uma nova alvorada.
Reencarnamos para progredir.
Dificuldades, obstáculos, desafios, devidamente superados, levam a esse objetivo.
O processo de reforma íntima leva-nos a retificar comportamentos equivocados.
Coloca-nos receptivos aos bons fluidos, que nos reanimam as forças.
Reforça, em nosso coração, a busca prática da caridade e da humildade, que afastam o egoísmo e o orgulho, propiciando o perdão, a reconciliação, a mansuetude, entre tantos outros sentimentos construtivos.
Reacende, em nosso âmago, a chama do ideal a ser atingido.
O importante é, com a autoestima elevada, permanecer no bom caminho, rumo à evolução.
Parar, retroceder, nem pensar.
Retomar, sempre, o esforço pela prática do bem, em todos os sentidos, e com bom ânimo, é roteiro do trabalhador espírita

Herculano Pires no Dia Nacional de Ação de Graças (1976)