quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Experiência e treinamento



 •  Postado por Redação
Os Espíritos que desde o princípio seguem o caminho do bem nem por isso são Espíritos perfeitos. Não têm, é certo, maus pendores, mas precisam adquirir a experiência e os conhecimentos indispensáveis para alcançar a perfeição. Podemos compará-los a crianças que, seja qual for a bondade de seus instintos naturais, necessitam de se desenvolver e esclarecer e que não passam, sem transição, da infância à madureza. Simplesmente, assim como há homens que são bons e outros que são maus desde a infância, também há Espíritos que são bons ou maus desde a origem, com a diferença capital de que a criança tem instintos já inteiramente formados, enquanto que o Espíritos, ao formar-se, não é nem bom, nem mau; tem todas as tendências e toma uma ou outra direção, por efeito do seu livre-arbítrio. (L.E. 127)1
Quem é que, ao cabo da sua carreira, não deplora haver tão tarde ganho uma experiência de que já não mais pode tirar proveito? Entretanto, essa experiência tardia não fica perdida; o Espírito a utilizará em nova existência. (L.E. 171)1
Na Terra, os homens são desigualmente adiantados. Uns já dispõem da experiência que a outros falta, mas que adquirirão pouco a pouco. Deles depende o acelerar-se-lhes o progresso ou retardar-se indefinidamente. (L.E. 195)1
Pode dar-se que uma criança que morreu em tenra idade seja um Espírito muito mais adiantado que o de um adulto, se já adquiriu maior soma de experiência em outras existências. (L.E. 197)1
O Espírito, em sua origem, é simples, ignorante e carecido de experiência. Deus lhe supre a inexperiência, trançando-lhe o caminho que deve seguir. À medida que o seu livre-arbítrio se desenvolve, senhor de proceder à escolha, é que muitas vezes lhe acontece extraviar-se, tomando o mau caminho, por desatender os conselhos dos bons Espíritos. (L.E. 262)1
O homem aproveita a experiência de vidas passadas pela intuição, sendo as nossas tendências instintivas uma reminiscência do passado. E a nossa consciência, que é o desejo que experimentamos de não reincidir nas faltas já cometidas, nos concita à resistência àqueles pensadores. (L.E. 393)1
O Espírito que reencarna para desempenhar determinada missão não tem apreensões idênticas às de outro que o faz por provação porque traz a experiência adquirida. (L.E. 580)1
Somos hoje o resultado de nossas experiências pretéritas, tanto quanto seremos amanhã o seguimento do presente.
O momento que passa é de treinamento para nos tornarmos mais aptos a viver em harmonia com as leis do Criador, que regem o Universo e a Vida.
Os ensinamentos de Jesus representam o roteiro a seguir.
Cada exercício na direção do bem nos habilita a alcançar as virtudes que ainda não temos.
Daí a importância de adequarmos nosso centro de interesses em função do contínuo aprimoramento espiritual e moral.
A reforma íntima é um esforço no sentido de exercitar os princípios cristãos na direção desse ideal a ser atingido por todos.
O treino dos bons sentimentos, no dia a dia, a cada momento, é de fundamental importância.
No curso do tempo vamos nos tornando mais experientes no aspecto evolutivo, ainda que experimentados pelo sofrimento.
A força de vontade no cultivo da humildade e da caridade material e moral representa paz de espírito para quem se esforça de verdade.
Treinamento e experiência no autocombate às tendências voltadas para o orgulho, o egoísmo e o materialismo é investimento na direção de um futuro mais feliz, para o homem e para a humanidade.

1. KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. 

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